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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto:  https://www.doctoralia.com.br/

 

MARCOS ANTONIO MOURA VIEIRA

 

 

Poeta e contista, premiado em vários concursos, regionais e nacionais.

***

 

Marcos A. Moura Vieira é psiquiatra e doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Lael/PUC-SP), com estágio de doutorado na Universidade de Provence, França. Professor licenciado da Universidade Federal de Mato Grosso e Psicoterapeuta junto a I-Psy Psiquiatria Intercultural em Amsterdam. Pesquisador do grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Linguagem, identidade e memória. Tem vários artigos publicados em periódicos científicos. Pela Contexto é autor do livro Bakhtin e o Círculo.

Biografia: https://www.editoracontexto.com.br/

 

 

ANTOLOGIA CONTOS E POESIAS 1989  Coord. Edição Liara Vieira.   Aracaju:  Prefeitura Municipal de Aracaju – Secretaria Municipal de Cultura, Departamento de Difusão e Intercâmbio Cultural, Divisão de Assuntos Literários, Oficina Literária, 1989.  66 p.   12,5 x 22 cm.  
Ex. bibl., Antonio Miranda, doação do livreiro José Jorge Leite de Brito.

 

 

        IV CONCURSO MUNICIPAL DE POESIAS.

        Vencedor do 2º. Lugar:

 

       

R O M A N C E

 

Cap. 1

MARIANA

Ela em guarda
Empavonada
Mãe ursa protegendo a prole
Das próprias garras
Escondendo a mulher no zoológico
Cesta de pic-nic alçada no braço
Seu homem esperando na floresta.
A maçã na massa, a geleia
A presença dela dando gosto aos alimentos.

Cap. 2

BRUNO

Ele colherá flores silvestres
Araçá e espera das paisagens
Atravessará minutos
Como fossem horas de aprender paciência
Depurando da ausência física o amor maturado
Que cresce-corre pelas veias-pelo ventre
o sexo feliz
O corpo inteiro escolhendo as carícias
Sabendo viva a presença dela.

Cap. 3

D. MARIANA

Ela enjaulada.  Serviu sorvete
(E há cheiro de torta pela casa)
Os filhos crescidos retardando a visita
Farejando amor de fêmea
Quatro horas. A tarde não será suficiente
— Não. Jantaremos com a senhora
Conta até 13.  Procura um sentimento
para cegar as unhas laminosas.

Cap. 4


SEU BRUNO

O sino da igreja bate 5 horas
Amanhã nova tarde
Se fará espaço para o amor
Hoje também não comerá da torta
Ele chega em casa menos feliz que ontem
Na hora de sempre
Senta a mesa
Com a bondosa e sacramentada
mulher que o desposa.

 

 

*

 

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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/pernambuco.html

 

 

Página publicada em maio de 2021


 

 

 
 
 
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